quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Você, orgulho.
Não vá, preciso de você!
Você faz parte de mim, e sem você não sou eu!
Orgulho volte, você me deixa forte...
Não quero vulnerabilidade, dela não preciso. Mate-a!
Eu quero você, orgulho, que sempre me acompanhou.
Você é minha característica, não devo te deixar ir.
Por causa da sua falta sofro (na verdade deixo outros
me fazerem sofrer).
Como me proteger se você é minha principal armadura contra
o resto do mundo?
Como vou me olhar no espelho e me sentir como me sentia antes?
Não me deixe...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Only seventeen
sábado, 27 de novembro de 2010
Uni Verso
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?
(Luiz Fernando Veríssimo)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Destino fragmento
Pode parecer clichê, mas por experiência própria:
pessoas se encontram quando tem que se encontrar e
quando marcam e se encontram, é porque era hora.
Gosto daquela frase esperançosa:
"O que aconteceu uma vez pode nunca mais acontecer, mas
o que aconteceu duas, pode muito bem acontecer uma terceira."
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Olhe ao Lado - Clarice Lispector
Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós.
Não temos amado, acima de todas as coisas.
Não temos aceito o que não entendemos porque não queremos passar por tolos.
Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que já não esteja catalogada.
Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas.
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda.
Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes.
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de ciúme e de tantos outros contraditórios.
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível.
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa.
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada.
Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos o que realmente importa.
Falar no que realmente importa é considerado uma gafe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses.
Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz.
Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos.
Temos chamado de fraqueza a nossa candura.
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo.
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Semiótica
Lapso de consciência
sábado, 25 de setembro de 2010
Sobrevivência
Ás vezes o destino me dá pistas,
ás vezes meus amigos me alertam,
ás vezes nenhum dos dois precisa agir.
Na maioria das vezes,
minha intuição é quem me diz:
'aja conforme sua mente,
se seguir seu coração
sabe que terás que aceitar
o que o destino tende a te reservar.'
terça-feira, 24 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Poética
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem.
Nasço amanhã.
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Vinícius de Moraes
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Doce lar
Imponente,
todo o controle em sua mão
Casa Branca impotente
poltrona fundida à anca
de pés no chão
e olho na tela
tragédia, tragédia
sem abrir a janela
Tão acima da média
que da balança já desistiu
O Cabo da Boa Esperança
voltou às Tormentas
mesmo vestido em tecnologia
importada
e sem importância
tende a se camuflar
no lar,
doce lar.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Cada qual
sábado, 14 de agosto de 2010
Carpe Diem
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Complicam[os]
Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta.
Crescemos através de nós mesmos.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Nos fizeram acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto...
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo para nós.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
John Lennon
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A fuga
Com livros os autores não têm fronteiras.
Gastam milhões construindo grandes máquinas,
Inventam outros mundos e portais para chegar nestes,
Misturam realidade e fantasia,
Fazem sonhos e fãs surgirem da noite pro dia.
Com palavras mostram sensações,
Com frases constroem enredos,
Com páginas passam emoção,
Com história criam situações,
Com personagens trazem amores.
Ao final descobrimos que o livro é,
na verdade, um sonho escrito e
o autor é seu maior fã.
O livro é, disfarçadamente,
a fuga da realidade de quem o escreve.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Aos especiais
Nessa terra
Amizade não é rainha, não fere o ego
Uma espada sem bainha
Mas que não erra
Em sempre proteger
Um sentimento em reciprocidade
A arquitrave
sob a mais bela passagem clássica
sobre pilares maciços do coração
As Estradas
Sem sentido e direção
Que levam afeto
De um lado para o outro
sábado, 19 de junho de 2010
Humanística
O ser que tenta ter o coração como fonte de inteligência
e o cérebro como fonte de amor,
fazendo o coração pensar e o cérebro amar.
O maior paradoxo do humano é enxergar com os olhos da alma.
É ver o que ninguém consegue e ser cego às diferenças.
É olhar para lado e ver um irmão em vez de um desconhecido.
É chorar quando sabe de um caso triste.
É rir quando outros ganham.
É sorrir para um bebê e chamá-lo de 'esperança'.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Um dia robôs irão chorar
Em tempos remotos comparava-se a máquina a um homem,
já que a máquina era desconhecida e o homem não.
A máquina era um novo fator, mas comparada ao homem
era entendida perfeitamente.
No auge do Humanismo, dava-se a criação de uma substituta
dos trabalhos servis e braçais.
Hoje o homem é comparado a uma máquina,
já que têm-se todo o entendimento da máquina.
Porém nessa hora o homem é o fator,
não novo, mas desconhecido quase que totalmente.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Igualitário
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Poema em um guardanapo
terça-feira, 1 de junho de 2010
Ambivalência
O que você ama?
amo tantas coisas que não sei o que mais amo:
tantos possíveis amores não amados,
tantos corações despedaçados.
O que você não ama?
não amo meus pecados,
não acredito nos meus contatos, o que eu quero são dados!
Suporta-se bem a dor do outro, dizia Machado,
então peguei um livro de Alighieri e deixei tudo de lado.
Camões, envoque seu soneto: amor é chama!
Alimentada, insaciada.
A voz que me chama
quando me tenho a alma incendiada,
encarnada nesse corpo, enviada até você.
Não te encontro, fico à mercê.
Como fazer?
Faça comigo um desenho nas estrelas,
juntos formaremos uma constelação
e daremos um nome a essa nação
utopia, sonho, magia e talvez alegorias:
um desfile de integral sinestesia.
terça-feira, 25 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
O mesmo
A beleza está nos olhos de quem vê
na sensibilidade de quem se emociona,
na ternura de quem abraça,
na mão quente que no rosto passa.
Tocar não é igual a sentir,
entregar-se não é igual a dar-se,
correr não é igual a fugir,
e crescer não é igual amadurecer.
A mão que afaga é a mesma que corrige,
os olhos que amam são os mesmos que choram,
a boca que beija é a mesma que conta,
e o coração, o coração é sempre o mesmo.
domingo, 16 de maio de 2010
Soneto utópico das estações
Recendem rosas, magaridas e narcisos
Mares de cores derramados no caminho
Bem-te-vis e sabiás cantam indecisos
Sob a aura aconchegante do ninho
Intensidade, calor, fervura, energia
Sob o eterno azul empolgavam
Toda a mistura em si engrandecia
Com vida e euforia dançavam
Se não consegue mais abraçar as folhas
Não ceda, tente, agüente mais um pouco
Mesmo que agora o canto saia rouco
A miscelânea pelo frio foi de todo alvejada
Por ora não há ao que assistir lá fora
Sem bem-te-vis, sem narcisos, sem nada.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Sparkles
If it’s true that
Your skies own
Less stars than mine
Then I perceive
The purpose of so many
Artificial sparkles
In billboards and headlights.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Em uma festa
Pra não dizer que não falei das flores,
que não lembrei dos meus amores,
ou que não fiz favores.
Que a festa foi uma perdição,
que a vida teve ação
e que eu não disse não.
Me joguei,
arrastei,
vigiei
e sem querer, gostei.
Desci até o fundo,
Subi pra ver o mundo
mas não foi profundo.
A vida tem que ser,
fácil de compreender
senão não há a graça de rever.
Faça sua medida,
cresça vivida,
feche sua ferida,
não esqueça a corrida.
Evolua,
veja a lua,
sonhe, a escolhe é sua.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Experiência
Quando sinto raiva fico cética.
Toda minha natureza romântica se vai
como se fosse pó ao vento.
Esqueço dos meus sonhos,
não acredito no impossível
e não penso nos outros.
Penso que o mundo poderia acabar
que ele não me faria falta.
Pois que fase difícil!
Romantismo é para os fracos,
os bons aderem ao ceticismo,
e os vividos têm ambos como fase.
sábado, 24 de abril de 2010
O sono
(...)O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.
Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono! ...
(Álvaro de Campos)
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Pedro, a pedra
No meio do caminho, eu esperava, não encontrar uma pedra,
e sim um Pedro.
Um Pedro no meio do caminho.
Um Pedro que se tornara pedra no meu sapato.
Uma pedra que incomodava e que não deixava esquecer-me dela.
Um Pedro.
Pesado, lembrado.
Uma pedra.
Lisa, difícil de se achar.
Muitos Pedros são pedras de muita gente e elas dizem:
"Apenas mais uma pedra. Apenas mais um Pedro."
sábado, 10 de abril de 2010
Vitrine
Estamos na era do fast-food e da digestão lenta,
do homem grande de caráter pequeno,
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas,
dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
retirado de uma comunidade do orkut
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ócio de outono
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O mar
Minha vida é um barco no mar.
Ora balança e se agita com o balanço de fora (do mar),
Ora pára e se acalma, ficando somente no silêncio da alma.
O mar é quem muda meus sentimentos, eles não dependem de mim.
Dependem das ondas, da maré e dos animais que moram no mar.
Ele é vasto e infinito.
Posso viver sem ele, mas
se ele acabar, acabo junto.
sábado, 3 de abril de 2010
Tudo começa por um ponto
Tudo começa por um ponto
Quando você toma uma iniciativa, seja ela qual for,
o seu mundo parece que se transforma.
Você sente mais confiante para fazer o que antes não tinha coragem.
Novas possibilidades se abrem e de repente
aquele lugar que você sempre quis ir, já não fica mais tão longe
então a vida fica mais clara, ganha mais sentido,
e descobrir agora é uma palavra constante em seu dia-a-dia
então você descobre que seu poder de decisão é muito mais forte do que imaginava
e que a palavra ‘cuidado’ faz muito mais sentido quando você a transpõe para outras pessoas
Descobre que cuidar de si é a melhor forma de continuar cuidando das pessoas que você ama.
Descobre também, que se dar valor é, antes de tudo, dar valor à vida,
e quando você se conhece e acredita no seu potencial,
os sonhos que antes pareciam inalcançáveis podem se tornar surpreendentemente reais. De repente, você olha pra trás e nem acredita que conseguiu realizar tanta coisa.
Então descobre o melhor de tudo:
realizar seus sonhos não começa por coisas complicadas, não começa pelos outros
começa por um ponto,
um ponto dentro de você.
fonte: cartão horóscopo personare